segunda-feira, março 1

Chiara Civello

"No primero disco tentamos nos encontrar, no segundo nos tornamos mais introspectivos, e no terceiro tudo começa a fazer sentido. Aqui estou."

7752 é um numero, uma linha de ar que une as duas cidades chave do terceiro disco de Chiara Civello: New York e Rio de Janeiro. 

New York é a cidade que Chiara elegeu como sua cidade assim que saiu da Itália, e o Rio mudou a sua vida completamente. 

Convidada por Daniel Jobim, seu amigo ha muitos anos, veio ao Brasil em fevereiro de 2008 e foi levada a um sarau em um estudio, o primeiro de uma longa série de encontros musicais com diversos artistas e compositores brasileiros. 

Um violão rodando de mão em mão e cada um cantando uma canção fez Chiara se apaixonar por aquele modo tão 'brasileiro' de fazer música. Parcerias entre compositores, de uma maneira mais informal, vão surgindo a cada noite muito naturalmente, e toda aquela atmosfera fez com que Chiara começasse um novo momento para ela, começou a compor e trazer sua musicalidade italiana para junto de parceiros como Ana Carolina, Dudu Falcão e Antonio Villeroy. Antes disso, sua colaboração musical mais marcante, havia sido com o lendário Burt Bacharach, na faixa Trouble, logo para seu primeiro disco. 

"Burt é uma grande inspiração, não simplesmente por ser um grande maestro e músico, mas tambem por ser uma pessoa de extrema simplicidade, elegância e generosidade." 

Ana Carolina é sua principal parceira neste terceiro disco. Elas se conheceram naquele primeiro sarau, onde Ana já encomendou uma melodia, de onde nasceu 'Resta', que terminaram juntas pouco depois e gravaram em dueto, que também faz parte do album 'Nove' de Ana Carolina e a versão de Chiara estará na trilha sonora da novela 'Passione'. 

escrito entre o rio de janeiro, New York e Trastever, 7752 compreende 10 momentos musicais dos quais 8 foram produzidos pelo ecletico produtor venezuelano, radicado em NY, Andres Levin, conhecido tanto pelo trabalho experimental com Arto Lindsay como por produções mainstream e pop autoral e 2 foram produzidos pela própria Chiara, no Rio de janeiro, e uma faixa bonus em portugues poduzida por Ale Siqueira. Com certeza um disco livre, direto, que nos apresenta uma feliz e bem sucedida alquimia entre o rock dos anos 60, a melodia italiana, harmonia brasileira,o beat e o R&B.

"Todos os meus amigos e músicos favoritos se encontraram nesse projeto e, esse encontro se deu da maneira mais natural possível, foi como levar o espírito dos saraus do Rio para dentro do estudio:Mauro Refosco (Thom Yorke - Radiohead, David Byrne e Forró in the Dark) e Guilherme Monteiro(Ron Carter, Forro in The Dark) já tinham gravado comigo e eu não conseguiria imaginar um album sem eles; Anat Cohen é uma das minhas melhores amigas e eu sempre quis te-la no meu album mas não haviamos conseguido trabalhar juntas até então; Jacques Morelenbaum é uma dos músicos mais talentosos e sentimentais que eu já encontrei na minha vida; Marc Ribot é o cara perfeito para essas canções, sem falar da maravilhosa sessão rítmica sugerida por Andres, Gene Lake e Jonathan Maron; Ana Carolina, com quem escrevi a maioria das canções, ." 

Composto por um elenco de estrelas: Ana Carolinatoca violão em todas as faixas,Marc Ribot (lendário guitarrista de Tom Waits) na guitarra elétrica,Jaques Morelenbaum no violoncello e arranjo de cordas (Tom Jobim, Ruichi Sakamoto, Caetano Veloso, Gilberto Gil), os amigos de sempre Mauro Refosco na percussão (Thom Yorke - Radiohead, David Byrne) e Guilherme Monteiro na guitarra, Anat Cohen no sax e clarinete, a ritmica excepcional de Gene Lake na bateria e Jonathan Maron no baixo. 

A canção 'Ela não sabe dizer adeus', originalmente composta por Antonio Villeroy, contava com uma protagonista feminina, que Chiara transformou em masculina em sua versão com o amigo Stefano Scandaletti, 'L'uomo che non sa dire addio' foi livremente inspirada pelo título original mas ganhou letra e ritmo novos. 

" 'My somewhere to go' foi escrita em NY com Itaal Shur (Maxwell, Santana). Voltei do Rio com 8 compassos. Parecia que a musica so o estava esperando. E assim foi. Foi o cara perfeito para termina-la comigo." 

"Com a Ana Carolina foi fantastico escrever todas as musicas em duas versoes. Partiamos da melodia e depois, ela pensava em portugues e eu em ingles ou italiano. As frases se ajudavam, uma a outra, e assim nasceram muitas, mais muitas cançoes e continuam nascendo. Começando pela primeira, Resta, feita em Trastever; escrevemos 8 Storie no Rio, Dimmi Perche' (10 minutos) e a balada bluesy I didn't want (Mais que a mim). Com ela as musicas caem como cascatas. 

Nas tres que eu fiz sozinha, nunca na verdade me senti sozinha. One More thing, uma das minhas prediletas, comecei em Roma e acabei na Sicilia,na casa do meu pai, I'm your love terminei na ponte entre Brooklyn e Manhattan, e Non avevo capito niente escrevi no piano na casa de uma amiga no coraçao de Roma, imaginando o violoncello do Jacques com orquestra. Gravei-a no Rio, num estudio lendario em Copacabana, onde o Tom Jobim gravava, porque tem um piano lindo e com o som escuro como eu gosto. Quando ja tinha fechado o repertorio do disco, numa tarde carioca engrasadissima em companhia da Ana Carolina e Diana Tejera, uma compositora romana, nos entreolhamos e dissemos: vamos fazer uma musica alegre e feliz? Assim nasceu SOFA'."



Conheça mais sobre Chiara Civello em http://chiaracivello.com
Siga Chiara no Twitter: http://twitter.com/chiaracivello



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